quarta-feira, 28 de maio de 2014

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E hoje que o dia foi cinza e frio
Traz a tarefa de conviver com sua ausência 

hoje ainda começarei a te esquecer...

Primeiro esquecer-me-ei de teu sorriso,
Pois ele me prendia em teus lábios..

Do cheiro do cigarro e de como fumava
Dos teus olhos que me fazia sonhar e acreditar no amanhã...

Hoje dedicar-te-ei os últimos versos que tens direito  
Nenhum de meus versos voltará a lembrar de você, nem mesmo os de lamentos...

Amanhã quando meus olhos pousarem em sua fotografia
Já não terá nenhum outro significado, somente os que são reservados ao passado...

Triste? Sim, pois, mato um ser que amo em mim
Essa dor de morte és minha e não do morto...


E a tristeza deste momento é capaz de ferir a poesia que há no meu ser...

A você


*imagem livre de internet
**Texto sem correção

sábado, 24 de maio de 2014

Pequeno Poeta



Tu menino que não conheço
Que meu coração sente seu fulgor
Menino poeta, que a poesia desconhece
Tu que ainda não sabes amar

Por que me deixa assim, sem seu amor?
Menino de idade pequena
Quantos anos têm?
O tanto permitido aos amantes

Deixa – me visitar-te ao menos uma vez
Os seus versos são o encanto e a poesia que minha alma precisa
Que cunhas o meu coração pelas palavras

Deixar – te – ei com o desejo de vê-lo
Que o sol da poesia ilumina
Este ser que sonha, a hora chegada dos amantes



*Imagem livre de internet
**Texto sem correção

domingo, 18 de maio de 2014

Desespero de um andarilho



A brisa acaricia e abraça meu ser nesta cidade que pouco sabe de mim. Ando a beira da loucura e ela não sabe, sinto tanto por tudo. Não soube lutar quando devia. E agora o frio desta noite calma parece meu infortúnio derradeiro. O que fazer?  Pergunta-me ela. Estou perdido. E a tentação de pular nesse vazio faz-me lembrar Werter naquela noite fatídica em que recebe das mãos daquela a que dedicara seu amor, sua sentença.

Todo desejo do ser é de partir, e o meu não é indiferente. Maldito o dia em que existiu Sartre e suas escolhas. Guimarães tinha razão quando o viver era perigoso. Talvez um último olhar, com a lágrima e o nó na garganta, mas, jamais o adeus. Poucos merecem nosso adeus. Por que não te afastas brisa? Deixe-me, quem saiba o gás seja aberto. “Morrer! Morrer não dói” lembra-nos o poeta... E que o pular seja o fim. Para os crentes um novo início... Eu não. Prefiro o vazio do não ser... E esse é o fim, que seja sem adeus.


Campo Grande, 2014


*Fotografia em site livre na internet.
**Texto sem correção.