domingo, 24 de agosto de 2014

Poesia inacabada



As vezes me perco...

É como perder o caminho de volta para casa depois de um dia longo de trabalho

É como andar sozinho as margens, mas com a consciência do caminho

É perceber-se triste, e ser triste, a tristeza é fundamental para se manter vivo,

É vê a porta fechar para nunca mais se abrir, e se por acaso ela se abrir os seres já terão mudado

É como ouvir uma música em um dia de chuva sozinho, outrora ouvida, as músicas tem o poder de aguçar a dor das ausências

É assim que me sinto no outono e inverno

É sempre forçar para não reconhecer o poder da tristeza oriunda das ausências

Acreditar que a vida pode ser diferente não é abandonar a ausência, ou a tristeza que se traz no olhar

O olhar é a alma deixando se levar, sem poder ir enquanto se transborda de ausências


É...

*imagem livre de internet
**texto sem revisão

quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Desespero"



Tudo cinza, mas não é inverno
Frio, tristeza dos moribundos e transeuntes
E eu? Sou moribundo ou transeunte?
Já não sei, a cinza destes instantes me apaga

Mas ainda não é inverno...
Aqui dentro sim, tudo cinza e frio
Não estou triste, pois ela se recusa a aceitar-me
Eu sou a cinza do nevoeiro, hoje sou a cinza deste dia vago

Ser cinza é conceito estático e definido de ser algo
Nunca quis ser, nem existir, a força criadora foi arbitrária
E agora como concertar o erro de ser, uma vez que sou cinza?

Dói, não sei onde, nem porque sinto essa dor
A dor é algo mais que dor, é a massa branca e viscosa que da vida a barata de Clarice
Desvincular disso agora já não é possível,

Mais cinza sou, sem saber o que é ser cinza...




*foto livre de internet
**Texto sem correção

quarta-feira, 28 de maio de 2014

...




E hoje que o dia foi cinza e frio
Traz a tarefa de conviver com sua ausência 

hoje ainda começarei a te esquecer...

Primeiro esquecer-me-ei de teu sorriso,
Pois ele me prendia em teus lábios..

Do cheiro do cigarro e de como fumava
Dos teus olhos que me fazia sonhar e acreditar no amanhã...

Hoje dedicar-te-ei os últimos versos que tens direito  
Nenhum de meus versos voltará a lembrar de você, nem mesmo os de lamentos...

Amanhã quando meus olhos pousarem em sua fotografia
Já não terá nenhum outro significado, somente os que são reservados ao passado...

Triste? Sim, pois, mato um ser que amo em mim
Essa dor de morte és minha e não do morto...


E a tristeza deste momento é capaz de ferir a poesia que há no meu ser...

A você


*imagem livre de internet
**Texto sem correção

sábado, 24 de maio de 2014

Pequeno Poeta



Tu menino que não conheço
Que meu coração sente seu fulgor
Menino poeta, que a poesia desconhece
Tu que ainda não sabes amar

Por que me deixa assim, sem seu amor?
Menino de idade pequena
Quantos anos têm?
O tanto permitido aos amantes

Deixa – me visitar-te ao menos uma vez
Os seus versos são o encanto e a poesia que minha alma precisa
Que cunhas o meu coração pelas palavras

Deixar – te – ei com o desejo de vê-lo
Que o sol da poesia ilumina
Este ser que sonha, a hora chegada dos amantes



*Imagem livre de internet
**Texto sem correção

domingo, 18 de maio de 2014

Desespero de um andarilho



A brisa acaricia e abraça meu ser nesta cidade que pouco sabe de mim. Ando a beira da loucura e ela não sabe, sinto tanto por tudo. Não soube lutar quando devia. E agora o frio desta noite calma parece meu infortúnio derradeiro. O que fazer?  Pergunta-me ela. Estou perdido. E a tentação de pular nesse vazio faz-me lembrar Werter naquela noite fatídica em que recebe das mãos daquela a que dedicara seu amor, sua sentença.

Todo desejo do ser é de partir, e o meu não é indiferente. Maldito o dia em que existiu Sartre e suas escolhas. Guimarães tinha razão quando o viver era perigoso. Talvez um último olhar, com a lágrima e o nó na garganta, mas, jamais o adeus. Poucos merecem nosso adeus. Por que não te afastas brisa? Deixe-me, quem saiba o gás seja aberto. “Morrer! Morrer não dói” lembra-nos o poeta... E que o pular seja o fim. Para os crentes um novo início... Eu não. Prefiro o vazio do não ser... E esse é o fim, que seja sem adeus.


Campo Grande, 2014


*Fotografia em site livre na internet.
**Texto sem correção. 










sábado, 1 de fevereiro de 2014

As folhas secas


Por algum tempo, bastava acreditar que seria possível aquele amor. Bastava sentir o vento ao por do sol ao seu lado. Bastava o andar descompromissado, muitas vezes em silêncio, pois não havia necessidade de voz, era justamente no silêncio que nossas almas se encontravam e se entendiam.

Por algum tempo bastava esperar a noite para sentir o cheiro de seus cabelos, para perceber o cansaço nos seus olhos, e eles mesmo eram capazes de dizer que a vida valia apena, e que toda metafísica estava em nossos abraços.

Por algum tempo bastava sonhar com os dias futuros, e os nossos sonhos se encontravam em nossos olhares, dançavam e se confundiam uns com os outros, e já não sabíamos quais eram os seus e nem os meus.

 Por algum tempo bastava acreditar que existia eu e você ou você e eu.
Por algum tempo bastava acreditar que não havia no mundo problema maior que nosso amor, e que se houvesse estaríamos juntos.

 Por algum tempo...

Hoje percebo olhando para nossas memórias que na verdade não bastavam, ou nos perdemos. Hoje não sei de você, também não sabe de mim. Talvez nunca mais saibamos...

Depois que se foi meus dia ficaram mais tristes e cinza, me perco fazendo os mesmos caminhos que fazíamos...


As folhas secas este ano parecem que entendem minha dor, elas são tímidas e quietas... 

*imagem livre de internet

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

verso mínimo



Eu não caibo em conceitos...
Não sei amar...
Também não sei ser imparcial,
Há quem diga que não há imparcialidade no amor...
Se o amor não vai embora...
Eu vou...

Adeus....

sábado, 25 de janeiro de 2014

Esquecer



Não me ensinaram a esquecer...
O abraço na porta
Os beijos no nosso melhor inverno
Aquela música que só de ouvir me fará lembrar você

As lembranças do nosso amor
Os perfumes experimentados 
As idas ao supermercado
As mensagens no meio da madrugada

Esquecer deveria ser de primeira ordem, sim
Meu coração não aguenta mais
As lembranças são demônios a me atormentar a essa hora da vida
Hora essa que a luz se apaga e não consigo dormir...

Não me ensinaram a esquecer
Pois esquecer é morrer
Embora a morte esteja no âmago da vida
E a morte é o esquecimento eterno...

Era essencial que tivessem me ensinado a esquecer 

*Imagem livre de internet
**Não houve correção ortográfica