domingo, 21 de abril de 2013

Iporá




Ao despertar nessa manhã de domingo me deparo com um dia lindo, muito sol, brisa leve, cheiro de mato e gente. Na matriz uma missa a acontecer. 

Desses dias em que nos reporta a um lugar que só a alma conhece, e Ela, essa mesma alma, sem nenhum pudor nos remete a esse momento como se de fato fosse verdadeiro.

Estou nesta cidade que outrora fora um lugar de muita alegria e amor, de sonhos e fantasia, dessas que só os apaixonados são capazes de experimentarem.

O dia me contagia de tal forma que o desejo que tenho é sair andar, buscar as folhas secas dos arredores da cidade, sentar em algum lugar e fumar, é fumar, beber um café e ler poesia, é disso que meu ser precisa, por que não uns beijos?

Olho para a cidade clara, o dia brilha, convida para algo especial, como fazer algo especial? Se me sinto triste e solitário, bem que você poderia está aqui, mesmo que não nos falássemos só  o fato de saber de sua presença já agitaria meu ser...

Com lembrança da noite anterior e com a música de Bethânia,  vou por aí, quem sabe não te encontro na curva da estrada de Fernando Pessoa...

* foto livre de internet, simplesmente ilustrativa.  

sábado, 20 de abril de 2013

Absurdos...




Que noite é essa em que passo?
Sozinho, ando encolhido pelos vales de meu ser
Ar noturno, brisa leve, solidão espessa
Ó noite dos ventos mudos, dos abandonados e absurdos 

Ó noite o que esperas de mim?
Se eu me perder, que o dia não me alcance
Que a minha dor não seja diferente dos meninos da calçada
Noite do meu ser, noite de minha alma

Ó Deus por onde andares nessa noite?
Por que não voltares seu olhar por nós, meninos abandonados na solidão
Ó noite de minha alma deixe-me descansar

Ó noite, ó Deus, ó escuridão estou só
Por que meu grito não vos alcança?
Por que roubaram o pouco sorriso que eu tinha?

E eu que não gostava de sorrir...
Mais gostava da noite, da poesia
Por que me roubaram elas?

Roubaram o melhor de mim...


*imagem ilustrativa de internet