quinta-feira, 31 de maio de 2012

DoceNostagia II



Hoje sinto saudades de um tempo,
Tempo que era possível sentir o perfume das coisas,
Tempo de areia fria nos pés, água na fonte, mato a esfolhar-se nos ventos,
Tempo em que ser feliz não precisava saber,
Tempo em que a Lua era minha amiga junta com os cajueiros ,
Tempo em que a chuva me causava uma tristeza mórbida,
Tempo de um Sol, que me fazia bem simplesmente pela a claridade e calor,
Tempo de brincadeiras de polícia e bandido,
Tempo  de futebol com bola de meia e leite de mangaba ,
Tempo de descer ladeiras,
Tempo de cana, arroz doce, canjica, arapucas e piabas,
Tempo da casa da tia querida, Tia Leó,
Tempo de busca pelo o infinito,
Tempo de minha Senhora Dona Raimunda...

*imagem livre de internet 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A Espera...








Tenho tanta coisa para dizer-te,
Mas como falar se o que mais quero é voltar meus olhos para ti
Quero olhar, ver, sentir, beijar esse rosto que outrora tanto amara
Esse rosto que tanto me causa saudades

Tenho, um sol para lhe oferecer, para aquecer nossos dias
Quero o brilho, Luz, sim quero você,
Quero esse seu sorriso de menina encabulada 
Volte eis me aqui na vereda em que juntos cruzamos um dia

Tenho uma Lua, silenciosa para lhe oferecer no nosso reencontro
Quero lhe oferecer esse amor que guardei
Quero que ouçamos “Estranho Rapaz” música que marcou um dia nossos domingos
Por que não volta logo? 

*imagem livre de internet
**Desculpe, poderia ser melhor elaborada, um dia reescrevo assim que você chegar...

domingo, 20 de maio de 2012

Medo...




A tarde está linda, muito sol, os pássaros cantam, Elis também, “eu preciso aprender a ser só”. Preciso encontrar com meu eu. Estou profundamente triste... Porém começo a recolher meus cacos, não quero colá-los, jogarei água e amassarei e os transformarei em um novo barro, quero ressuscitar novamente, inteiro, um novo vaso. Todas as vezes que nos encontramos nestes momentos de rupturas, temos o desejo do colo que acolhe, do silêncio, e  nos deixe chorar, até a última gota... Não tenho este colo, tenho minha fé, meu Deus e é nele que me entrego neste momento... Queria fumar alguns cigarros, queria não ter que dar satisfação, queria não ouvir as criticas, os “eu sabia”, gostaria de fugir das profecias dos que disseram que não daria certo, gostaria de fugir das tristezas que causarei a outros que amo... queria fugir da dor do recomeço...  

*imagem livre de internet

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cores




Às vezes tenho necessidade de cores. Hoje estou assim, a tristeza é tanta e uma angústia tão conhecida assola meu coração. O melhor seria se não tivéssemos passado, pois assim, não precisaríamos nos deparar com ele... Não temos como virar o rosto para o lado e fingir que não vimos, que aquilo não nos faz falta, que não nos atinge, pois na verdade nossos olhos saltam em nossa frente e conta tudo, em um grito silencioso... E essa necessidade de cores que tenho hoje é justamente para disfarçar a dor que sinto a tristeza e a vontade de chorar, que tanto meus olhos denunciam... Qualquer dia morro, e que o leito eterno seja mais generoso, para mais um Werther, que passa por essa Charneca fria e triste... Quero Cores... 

*Imagem livre de internet 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Amar-te, Esperar-te, Viver-te





Amar-te, amar-te, amar-te
Vivo a espera de um amor que se foi
Ai de mim, desgraçado que sou
Por que amar-te tanto fui eu?

Esperar-te, esperar-te, esperar-te
Por que viver a espera inútil do que foi
Se nunca fostes meu
Desgraçado homem sou por esperar-te

Viver-te, viver-te, viver-te
Vivo esta manhã de inverno fria e mórbida
Como posso com a alma gelada, viver, esperar, amar
Desgraçado sou por amar-te ainda depois de tantos anos

Amar-te, Esperar-te, Viver-te
Tenho na alma cravado estes três verbos
Se é que ainda tenho alma, tenho noite
Só tenho noite à alma se foi, eis que morro...

*imagem livre de internet
**esta tarde insana fria, que poderia não ter vivido...


terça-feira, 8 de maio de 2012

Tristeza/Alegria

* A  todos os amigos e amigas 



Penso que existem dois tipos de poetas, aqueles que são tristes e aqueles que são tristes/alegres. Eu tenho maior devoção pelos que são tristes, a beleza desta tristeza poética me encanta, e alimenta meu ser... Eu não sou poeta e nem tenho tamanha pretensão. Gostaria mais não fui agraciado com tamanha graça...

Imaginei que tão cedo não voltaria a escrever, pois só escrevo quando estou triste, tristeza essa que me acompanha desde sempre... Porém vivo um oásis, tenho vivido dias felizes, alegres, coisa rara em minha vida, há séculos tal momento não acontecia...  

Essa cidade com seu Sol claro, vibrante, quente e com uma Lua de intensidade parecida, já foi para me palco de grandes tristezas, mais também de um amor destes sofridos e que lembraremos com saudades (embora sem sofrimentos) por longas datas...

 Mais estes dias aqui vividos, indica que este sofrimento de outrora se dissipa, esvai-se, adeus e vá com Deus, nenhum ser humano merece sofrer tanto por alguém, nem mesmo Werther... Meu coração e minha alma suavizam, sente a brisa e se alegra com esse novo momento, os grandes amores têm disso...

Ainda me apaixonarei muito e sofrerei muito, pois, para me os amores tem que ser intensos, tem que fazer-nos alegres só com a possibilidade do encontro e tristes com o não vir, tem que nos doer o coração quando pensamos e sentimos saudades...

Meus amigos mais próximos dizem que sou ultrarromântico, e sou... Gosto do olhar, do andar e dos ombros se tocarem, gosto de ganhar flores, livros de poesia, penso que até uma ida ao supermercado pode ser um programa romântico...

Por fim vou aproveitar meu oásis, sei que a tristeza não tarda. Mais hoje quero viver, sorrir, amar... Outro dia disse a uma amiga que o tempo das utopias haviam se acabado, hoje volto atrás e digo ELES ESTÃO APENAS COMEÇADO... Com Coldplay termino essa pequena epifania... 

*Foto livre de internet...
**Para nos apaixonarmos, amarmos  não necessariamente temos que ter fatos empíricos se entendemos o amor como busca...