segunda-feira, 26 de março de 2012

Movimento




Bethânia canta e faz o meu espírito sobreviver à desorganização intima que vivo neste dia... Como falar de tudo que sinto, de tudo que deixo. Deixo sem pesar, mais não me tira da tristeza de deixa-los. Os deixo justamente por ser livre, por poder fazer escolhas. Porém o filósofo já nos alertava para a angústia que as escolhas nos causam. Mas sempre deixamos um sonho tendo em vista outros, e que este nos traga a felicidade que tanto nossas almas anseiam. O percurso existe, caminho não e nem o caminhar, os dois acontecem a partir do momento que escolhemos sair da inércia do repouso “Parmendiano”, e nos colocarmos no movimento “Herácletiano”. Jamais alguém poderia entender o que sinto hoje, é um misto de alegria pelo percurso e pelo o inicio da caminhada, mais uma tristeza de um dia nublado e frio que está alojado em meu ser... Talvez eu chore, há muito não choro, quem sabe hoje me recordo das lágrimas que tanto me acompanhou durante meu caminhar pela a vida...   

*Imagem livre de internet   

Doce Infância II




levantou e foi a um bar que havia em um hotel ali pediu um uísque e bebeu bem devagar, perguntou ao “barman” se não havia a possibilidade de se ouvir ali Maysa, o barman aceitou lhe o pedido, Henrique bebeu a bebida ao som de Maysa, chorou sem pudor, e o coração apertava ainda mais, era como se algo fosse acontecer, como se fosse morrer, sentia aquilo como se fosse inevitável. Pagou a bebida agradeceu ao “barman” e ia saindo, porém voltou e perguntou ao moço se poderia fazer uma ligação, ligou à casa de Felipe, mas sua irmã lhe avisou que ele já havia ido à universidade, Vera perguntara se tinha acontecido algo, se precisava de ajuda, mas ele agradeceu, disse que estava tudo bem, ligou ainda para Clarice mais ela também não estava em casa, pagou a ligação, agradeceu de novo e saiu, as lágrimas caiam por baixo dos óculos escuros. Vagou ainda por um bom tempo na orla, sentiu uma solidão que não experimentava há muito tempo, mais sentia que algo iria acontecer... Já era o segundo horário vespertino e ele não havia chego a universidade, Felipe e Clarice ligou para a Livraria e Barbara lhe disse que ele havia dito que o próprio Felipe iria busca-lo, Clarice despistou e disse que os dois não haviam chego mais deve que chegaria logo, os dois ficaram preocupados, mais como não era a primeira vez que Henrique fazia isso foram para a cantina... Henrique ficou mais ou menos uma hora ouvindo o som das ondas, saiu enfim para o campus (continua)   

*Imagem livre de internet
**Romance que escrevo
***Não houve correção de Lingua Portuguesa. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Romance (Doce Infância)


 Henrique pensara todos os longos dias de ausência, sentia saudades, era uma dor no peito que não sabia como suportava. Henrique muito criança e Barbara foram levados embora sem saber como a vida seria daquele dia em diante. Henrique agora com vinte e um anos, imaginava sempre por onde andava o seu amor de toda a vida e como vivia se ainda pensava nele, se ainda o amava se já encontrara alguém, se já havia casado, esses pensamentos o atormentava tanto, que até mesmo as dificuldades que a vida lhe impunha não tinha tanta importância... Naqueles anos todo de ausência Henrique não havia conhecido ninguém, ou melhor, nunca namorou, nunca beijara se quer outra pessoa, não que não houvesse candidatas, mais seu coração não havia espaço para outro ser. Sua memória estava perdida naquela fazenda, naquele amor. Embora fosse um menino alegre extrovertido, carregava consigo uma tristeza que o atormentava durante todos aqueles anos. Henrique escrevera tantas cartas, que jamais foram enviadas, principalmente porque aquele sentimento a principio não era tão normal, hoje sim tudo era mais claro. Porém não sabia por onde o sonho de infância andava... Hoje o dia estava nublado, embora não pudesse ver o dia Henrique era capaz de senti-lo, tinha aulas, fazia letras e arrumava as coisas para ir a Universidade, depois tinha uma reuniãozinha na casa de Felipe, beberiam, fumariam e muita discussão de literatura como sempre acontecia. Mas Ele não se sentia bem, para aquele programa, sempre gostava, mas naquele dia deixara se contaminar pela tristeza do dia frio e nublado, dispensou a carona da irmã que passaria para leva-lo a Universidade, disse que Felipe o buscaria, mas na verdade ele queria sair um pouco andar e depois tomaria um ônibus e iria. A saudade naquele dia quase o sufocava, fez lembrar-se da poesia de Florbela, do amor impossível, lembrou-se de Werther, e saiu assim sem sentido, foi até Ipanema, subiu até o Arpoador, ouviu o som das ondas, sentiu os pingos de água salgada molhar-lhe a face, quis ouvir uma música triste, sentou um pouco, desejou poder ver aquela paisagem...(continua)


 * Nome provisório
**Imagem livre de internet
*** Este texto pertence a um romance que escrevo, vou publicar este dia tão importante na vida de Henrique...            
****Não houve Correção de português             

segunda-feira, 12 de março de 2012

Docenostalgia...



 
Docenostalgia... É isso que as lembranças nos reservam, e o que nos resta é contar os dias, tentar sobreviver às dores das saudades. Tem dias que sobrevivemos por que não nos é dada alternativa a não ser suportar. Tenho percorrido alguns lugares em que passamos, na maioria das vezes brigando, meu Deus como brigávamos, mais como nos amávamos. Você nos últimos dias está tão presente em minhas lembranças, penso em você com tanta frequência. Lembro-me dos diminutivos, era como você me chamava, lembro-me do constrangimento do supermercado, dos dias do inverno de 2008, dias frios, de seus agasalhos, das comidas que fazias para mim, você sabia que eu odiava cozinhar, como aqueles dias foram memoráveis... Não consigo ouvir Jorge Vercilo sem lembrar-me de você... Lembro também de seus medos, dos nãos, de suas decepções para comigo... Perdoe, mais era um tempo que eu não sabia amar, te amava tanto, mais tinhas tantas outras facetas do amor que eu não conhecia, não sabia lidar com meus anseios e desejos... De certo é, fostes, e nunca mais voltarás, eu também partirei para não mais voltar, gostaria nunca mais te encontrar, de nunca mais... Mais sei que isso não é possível, porém guardarei a emoção do reencontro somente comigo, e nunca saberás o efeito que sua presença me causa... Ao som de Gal termino... O que eu gostaria de te dizer não posso mais, nossos dias se findaram, para sempre... Eu sei que sofrerei este amor pelo resto de meus dias, com esta docenostalgia termino... 

* Doce Nostalgia.
** imagem livre de internet

segunda-feira, 5 de março de 2012

Palavras sem sentidos....






 
Existem algumas coisas que guardamos e que deveríamos nunca mais toca-las, simplesmente guarda-las;
Cartões, cartas, fotos, músicas...

Lembranças são dores,
São amores passados
Vida acabada, findada...

Não será fácil
Mais quem exortou que seria
O caminho existe
O caminhar também
E o transeunte
Uns dias com passos lentos outros dias corre...

* imagem livre de internet